Bairro Calafate
No começo do século XX, iniciava-se a povoação da região Oeste através do Núcleo Agrícola do Carlos Prates. Povoado inicialmente por colonos, muitos deles estrangeiros (italianos), confundia-se então à Vila Operária do Barro Preto.
Nesta época desenvolvia-se concomitantemente o Núcleo Suburbano do Calafate, hoje bairro Calafate, localizado na região Oeste, uma das áreas mais povoadas nestes primeiros anos da capital. Esse local era formado por chácaras e uma pequena capela. O acesso era precário e o transporte só era possível através de animais.
Em 1902, o presidente do Estado de Minas Gerais, Francisco Salles, determinava a construção da Estrada de Ferro Oeste de Minas, rumo a Betim passando pelo Calafate, o que trazia movimentação e progresso para o bairro. A primeira estação ferroviária foi instalada na Rua Santa Quitéria.
Em 1910 era inaugurada a Estrada do Barreiro, passando também pelo Calafate. Estas vias de acesso foram as primeiras do bairro.
Na década de 20 a cidade crescia e a região Oeste era a que mais se expandia. O bairro Calafate, conjuntamente com o bairro Carlos Prates era classificado pelo prefeito Flávio Fernandes dos Santos como o que mais prometia em termos de desenvolvimento.
Em 1936 o asfalto chegava oficialmente ao bairro Calafate. Neste mesmo ano era erguida uma pequena capela que mais tarde se transformaria na atual Igreja de São José do Calafate.
Desenvolvimento / Infra-Estrutura:
O bairro Calafate é essencialmente residencial, entretanto possui um grande comércio de caráter local ao longo da sua principal via, a Rua Platina, onde há uma infinidade de serviços e produtos como bancos, sacolões, locadores de vídeos, açougues, mercados, supermercados e lojas de auto-peças.
Fonte: Site da Prefeitura de Belo Horizonte
ORIGEM DO NOME: Calafate é o nome de uma antiga profissão, ligada a construção de barcos. Há versões de que um dos proprietários da fazenda desempenhava esse ofício quando vivia em Portugal. • OUTROS NOMES: Vila das Oliveiras
• ORIGEM DO BAIRRO: Parte da antiga Fazenda do Calafate, o bairro foi planejado para ser área agrícola da cidade, o que não aconteceu. Já nos primeiros anos de Belo Horizonte, era um dos bairros mais populosos, ocupado, na sua maior parte, por operários.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Paróquia São José Calafate
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: Estação Férrea do Calafate
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Reportagem do Jornal Hoje em Dia, 1997 (Clippings da Sala de Consultas): relembra a abertura do restante da Rua Platina por ocasião da visita do então presidente, Getúlio Vargas.
Bairro Prado
• ORIGEM DO NOME: Devido ao Prado Mineiro, um hipódromo, construído nos anos 1900, hoje ocupado pela Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.
• OUTROS NOMES: 4ª Seção Suburbana
• ORIGEM DO BAIRRO: Parte da antiga Fazenda do Calafate, começou a ser povoado desde o início da cidade. Sediou pequenas fábricas, na maioria propriedade de imigrantes. Foi o primeiro bairro a se urbanizar na Regional Oeste.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Rua Platina
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: Prado Mineiro
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1906 (Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): anuncia a conclusão de linha de bondes para a região, com total de 2.300 metros.
A história dos esportes em Belo Horizonte está muito relacionada com a Regional Oeste. Foi ali que surgiu o primeiro espaço dedicado ao esporte na cidade. Era um hipódromo, lugar onde acontecem corridas de cavalos, cujo nome era Prado Mineiro. No trecho a seguir, conheceremos um pouco mais sobre ele. O texto foi adaptado de um estudo feito na Universidade Federal de Minas Gerais sobre os primeiros esportes em Belo Horizonte. Vejamos o que ele diz:
“A construção do Prado foi iniciada no iní- cio de 1906 e o levantamento do ponto mais alto das arquibancadas foi marcado por uma festa que mereceu destaque de alguns jornais da capital (...). Durante o período da construção, as expectativas em relação a esse novo espaço de divertimentos na cidade foram crescendo a ponto de a diretoria do Prado chegar a pedir ajuda à polícia para evitar os abusos. Algumas pessoas, querendo ver a construção, afastavam os arames da cerca e cometiam outras irregularidades. As manifestações de entusiasmo com rela- ção à construção do Prado Mineiro passaram a ser frequentes. (...) Segundo os jornais, esperava-se que o sucesso de suas corridas fizesse desaparecer os domingos sem graça e tediosos da capital, permitindo que Belo Horizonte, em bem pouco tempo, pudesse chegar ao nível do Rio e de outras importantes cidades. Mas, ao lado desse entusiasmo, surgiu um problema para a realização do projeto: a Prefeitura ainda não havia construído a linha de bondes que facilitaria o acesso ao hipódromo, como havia se comprometido a fazer, por contrato. Isso era muito importante, porque ele ficava a 2 quilômetros do centro da cidade. Por esta razão, teve início uma campanha da imprensa, principalmente contrária à administraçção da época, cobrando essa realização.”
(RODRIGUES, Marilita Aparecida Arantes. Constituição e enraizamento do esporte na cidade: uma prática moderna de lazer na cultura urbana de Belo Horizonte (1894-1920). 2006. 338 f. Tese (Doutorado em História Social da Cultura) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. p. 132-133. Adaptado. Acervo APCBH, Sala de Consultas
Para consultar os documentos guardados no Arquivo da Cidade, procurar a sala de consultas, onde os funcionários orientarão a pesquisa. O APCBH fica na Rua Itambé, 227, Bairro Floresta, e funciona de segunda a sexta-feira. Parte do acervo do arquivo também já está disponível na internet e pode ser pesquisada de casa através do site: www.pbh.gov.br/cultura/arquivo.
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